domingo, 25 de outubro de 2015

Escrevo hoje por necessidade.

Estava editando as fotos do filho de um casal de amigos e me veio uma coisa estranha.
Eu e as coisas estranhas somos intimas. 
Bom, estou chegando a uma idade que tudo tem que ser pensando e calculado, se eu for displicente demais com isso posso fazer muitas coisas erradas e se eu demorar demais pra agir o tempo vai voar e ser implacável comigo.
Daí veio a necessidade aliado ao desejo que eu mesma escondo de mim a anos.
(Escondo e nego pras pessoas porque tenho vergonha e medo, de quê, não sei)
Sempre coloco alguns obstáculos na minha vida. Profissão, grana, tempo, preguiça, preparo psicológico e fisiológico.

Mas, e sempre tem um "mas", começo a perceber que está faltando algo na minha vida. 
Algo que realmente me preencha, me motive, me emocione, me desafie...

Ah, em nenhum momento eu disse o que era né! Talvez seja a tal vergonha!

Acho que o que realmente falta em minha vida hoje é um filho.
Sim, um filho. Um ser que vai transformar a minha vida. Que vai me motivar, me preencher, me desafiar...muito mais que o trabalho, a faculdade ou qualquer outra coisa que aconteça na minha vida.

Esse texto pode ser considerado um desabafo? Pode sim!
Vejo que a vida ta passando tão rápido e eu não tenho com quem dividir alegrias e tristezas.
(Porque filho é pra toda vida)
Não tenho pra quem passar o que aprendi, o que ensinei, o que vi ou vivi. 
Sinto falta de algo que nunca vivi, como cantar pra dormir, ficar sem dormir, fazer aviãozinho, ler um livro, contar histórias, por de castigo, ensinar dever de casa, fazer comer legumes, fotografar cada momento... sinto falta dessas coisas.
Tenho a necessidade e desejo disso.

Sei lá, deve ser a idade!









domingo, 17 de maio de 2015

Tenho medo.

E tenho muito medo de ter medo. E esse medo vem me assombrando.

Isso é normal?!

domingo, 3 de maio de 2015

É dificil se manter forte o tempo todo, foi o que eu disse.
E as lágrimas rolaram... 
(Sabe aquelas lágrimas que escorrem dos olhos sem serem forçadas, daquelas que por mais que sejam enxutas continuam a rolar pelos olhos...)

Fui acolhida por um abraço tão generoso e tão cheio de amor, que por mais que eu quisesse parar de chorar eu não conseguia.
Sabe aquele abraço que quer dizer muita coisa, mas que no fundo diz "Calma, tudo vai se ajeitar"?
De verdade, não sei o que aconteceu. Ainda fico me perguntando o que houve que me deixou assim.

Acho que cansei de me manter reta, direta, segura, firme, forte... mas será que eu realmente sou assim?
É dificil caminhar sozinha... com as próprias pernas. Um dia elas cansam. 
Parece que as minhas estão se cansando. Elas andam e não chegam em lugar algum.




sábado, 2 de maio de 2015

Hoje eu acordei com medo.

Um medo estranho!
Fechei meus olhos pra voltar a dormir, mas não adiantou!

O frio na barriga e a sensação estranha estavam lá. Os papéis dos exames também.
Fazer ou não?! E as suas consequências?!
Eu sinceramente já me acostumei com as coisas dando erradas pra mim.
Só que no fundo eu sempre acho "dessa vez vai dar certo"!

E os papéis dos exames ainda estavam lá. 
E o medo também.

Decidi levantar, já estava tarde mesmo.
Tomei meu banho e fui tomar café.
Me arrumei e saí. Ri, conversei, falei, comi e bebi.

Mas ao voltar pra casa, depois de tomar um belo banho.
Olhei pra cama e lá estava ele. Sentado perto dos papéis dos exames.

Boa noite, Medo! Vamos dormir! Estou cansada e preciso dormir. Amanhá você me assombra de novo.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Os incomodados que se mudem, mas parece que ainda não aprendi.

Quando é que vou perceber que ando sobrando em certas coisas ou em certos lugares?
Quando é que vou perceber?
To cansada.
Ja dei tanto murro em ponta de faca que minha mão ta mais furada que peneira e eu nunca aprendo.

Será que em algum momento eu vou aprender?

Eu só queria saber!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Entre amigas




Ouvindo uma conversa entre duas amigas...
(Não sou fofoqueira, o assunto estava alto. Então...)

"Acho que eu nunca mais vou ser feliz outra vez!"

Essa frase me chocou, confesso! Como assim?!
Pelo que eu havia percebido na conversa, ela acabara de se separar de um cara.
Saí dali, perplexa! 
Me perguntando como ela poderia dizer isso, aparentava ser nova, bem vestida, ...
Logo imaginei. "Deve ter um bom emprego, casa, carro...ela acha mesmo que não vai ser mais feliz?!"

Dei mais dois passos e um turbilhão passou na minha mente.
Eu já havia passado pelo mesmo sentimento.
Hoje ando tão bem e tão feliz que esqueci por completo que já estive na mesma barca que ela.
Confesso que rolou até um enjoo. Relembrar tempos difíceis é bem ruim. Desisti na hora de todo e qualquer comentário que faria sobre a situação. Eu somente relembrei. Das noites em claro, das manhãs de olhos inchados, dos litros de lágrimas derramadas, do desanimo, da comida remexida no prato, os quilos perdidos (desses ai não vou reclamar nunca!), das festas perdidas, das musicas choradas e soluçadas, das várias vezes que achei que iria morrer.

Eu também achava que nunca mais seria feliz, que nunca mais teria alguém ao meu lado. Não via a menor chance de me apaixonar novamente, e o pior, eu tinha pavor de ficar sozinha. De ser tão desinteressante e ninguém se aproximar.
Fiquei meses com medo do mundo, com medo de mim, dos outros.
Me afastei de tudo e de todos. Eu amava tanto aquele cara, que nada mais me importava.
Eu rastejei, liguei, chorei, implorei pra ele me amar.
E cansei.

Era uma dor tão insuportável que no fim já nem doía mais. (Estranho!)
E o tempo foi passando...
E a dor se acalmando. Já não chorava mais, já comia, bebia, comecei a sair de casa, falar com pessoas. Até que encontrei uma amiga. Era nova como eu e teria um mundo inteiro pela frente se não fosse uma doença. Tinha pouco tempo de vida.
O namorado não suportou o tratamento e foi embora. E ela com tão pouco tempo resolveu não chorar. Ela simplesmente foi viver o que restava. 
Aquilo me derrubou, eu tinha tudo, casa, carro, emprego e saúde. Ela só tinha alguns dias e tinha um sorriso do tamanho do mundo. (Dois meses depois desse encontro ela morreu.)

Eu saí dali pensando: "Eu tenho tudo que preciso pra ser feliz, pois eu tenho a mim mesma. Não preciso de mais nada além disso. As outras coisas virão com o tempo. E eu verei que tudo será bom, muito bom pra mim. Eu não posso colocar nas mãos do outro a minha felicidade. Se eu souber me amar e vou encontrar alguém que saiba me amar como sou também."
Eu acreditei em mim. Demorou, mas não me arrependo. Tudo mudou. Comecei a dar prioridade a mim, meus familiares e amigos, ao meu trabalho. 
E quando eu realmente estava pronta, eu encontrei alguém.

Depois de relembrar, me deu uma vontade de falar para aquela menina que era só ela não perder a fé que tudo iria se ajeitar, mas já era tarde.
(Acho até que ela iria me chamar de fuxiqueira)

Continuei caminhando, e rindo! Como a gente age feito bobo sem perceber.
Ninguém morre de amor, de decepção. Tudo é aprendizado.

Eu não perdi a fé. E você?!










terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Prezado,



Eu realmente achei que não teria forças de escrever esta carta.
Ainda estou me recuperando. Talvez você não saiba, mas fiquei muito doente.
Só agora consegui me reerguer. Achei até mesmo que entraria em momento de luto.
Porém, tive de lutar pra me levantar.

Bom, preciso lhe dizer algumas coisas. Coisas rápidas!
Não tomarei muito do seu tempo.
Preciso muito lhe dizer que te amei muito. Que fiz por você coisas que nunca me imaginei fazendo por outro alguém.
Que esperei por você todas as noites em que me dizia que não viria, eu tola achando que mudaria de ideia, talvez.
Que fiz da minha vida a sua vida.
Que cuidei de todas as suas dores. Que fiz suas vontades. Que me doei como nunca pra alguém.

E quando me deixou. Eu vi meu mundo cair.
Sentir uma dor indescritível, acreditando mesmo que eu poderia morrer.
Só agora estou me recuperando do baque que tive.

Talvez não se importe, mas vou lhe dizer.
Estou me recuperando aos poucos e só percebi o quanto me afundei, quando me vi no escuro, no fundo sem forças  pra voltar.
Senti um aperto profundo, e por ter medo de morrer e não seria nada interessante morrer por amor, decidi sair de dentro do meu quarto e vi que o tempo havia passado, as pessoas haviam mudado e as crianças já não eram mais tão inocentes.

Meu caro, me olhei no espelho e vi que eu não era aquela criatura amarga e cinza.
Eu sempre fui tão feliz. Não seria justo comigo mesma, ser tão triste assim.
Decidi sair de casa e ver como o mundo estava e vi que perdi muito.

Eu disse que seria breve, não irei demorar.
Se eu podia te dar tanto amor, eu poderia dar amor a um outro alguém. Ou a outras pessoas, tantos outros precisam de mim.
Então, preciso lhe dizer. Seja feliz.

Att.

Eu.


sábado, 31 de janeiro de 2015

Aguardar...

O mês ta acabando.

E hoje me senti bem triste! Estranho né?!
Pois é, pra mim também!

Minha vida ta caminhando certinha como eu sempre quis. Até o meu hobby tem me dado alegrias e oportunidades únicas, mas nada pode ser perfeito mesmo. Vai sempre faltar alguma coisa.
E é isso, tá faltando alguma coisa, eu sei bem o que é, mas não depende só de mim.

É muito mais complexo do que posso imaginar.
E vem tirando meu sono e hoje a minha paz.

E sabe o que devo fazer?
Aguardar!
Coisa que fiz a minha vida toda;
Aguardar!!!




quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

música boa...

"Você não sabe o quanto eu caminhei
Pra chegar até aqui
Percorri milhas e milhas
 Antes de dormir
Eu não cochilei..."

Vivo cantarolando essa música.
 Pois ela é uma realidade!
Ninguém sabe exatamente o que vivi, o que vi, o que sei, o que pensei...
Não podem me julgar!
Não sabem os caminhos que percorri.

E nunca vão saber.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Vinte de Janeiro

O ano mal começou e já está corrido.
Acabei de ouvir da minha mãe:
- Nossa já é dia 20 de janeiro!!!!!

Sim, nos resta somente 345 dias!
Deve até parecer muito, mas não é devido a nossa correria diária.
Então, subindo as escadas comecei a pensar.

"Quais as minhas prioridades?"
"O que vou fazer esse ano de diferente?"
"Quais os rumos e caminhos devo tomar?"
"Tenho 30, o que vai acontecer a partir de agora?"

Muitas outras perguntas pipocaram em minha mente.
Liguei o ventilador, reclamei do calor de lascar, me joguei na cama e respirei fundo.

Não posso me preocupar tanto assim com o que vai acontecer futuramente, pois a vida é presa por um fio.
É lógico que tenho que ter em mente que preciso viver bem agora pra ter um futuro decente.
Em algum lugar eu escrevi que não tenho problemas com meu passado e nem posso viver tentando adivinhar o futuro, tenho que pensar em como vivo hoje. O que eu quero pro dia de hoje?!
É ele que vai mudar ou não meu destino.

Nos preocupamos com tantas bobagens que esquecemos que o essencial somos nós mesmos. Se não estivermos bem, nada acontece!

* Faz tempo que não uso o blog! Espero ter tempo pra ele em 2015.